A primeira escola Afroclimática do Brasil, fundi práticas ancestrais, sociais, filosóficas, pedagógicas e tecnológicas dos Povos de Afrodescendentes, conectados com a ciência contemporânea, a favor da Justiça Climática, Educação, Cultura e Saúde, para o fortalecimento do combate ao Racismo Ambiental e todas as suas formas correlatas
O que a Ìyálórìṣà Mãe Beata de Yemanjá sonhou há 40 anos, a Rede Afroambiental tem a honra e felicidade de tornar realidade! A metodologia inovadora de ensino da escola, parte da cosmopercepção do mundo como um grande terreiro de aprendizados e trocas. Dos cinco (5) campus, onde acontecerão as vivências presenciais, quatro são terreiros de candomblé, localizados nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.

A realização é da Rede, juntamente com Omo Arô Cia de Cultura, com recursos de emenda parlamentar da Mandata da Deputada Federal e parcerias da Fiocruz, UFRJ, @laboratorioise e @pontaoarticulamatrizafricana com intuito de articular projetos no campo da formação em educação, cultura, saúde e clima, com foco na promoção da igualdade racial.
Esta primeira turma é composta por 24 pessoas pertencentes às comunidades de terreiros das regiões Sul, Sudeste, Norte e Nordeste do país, vindas das cidades do Rio de Janeiro, Belém do Pará, Bahia, São Paulo e Rio Grande do Sul. Dez participantes receberão bolsas no valor de R$ 800,00, até o final da formação.
Dessa forma, a EAMBY cria um ambiente de aprendizado inovador, que bebe das águas da Cultura Ancestral Africana, a partir dos Terreiros de Candomblé, junto com Grupos, Coletivos, Universidades, Pontos de Cultura, Cientistas, Agentes Culturais e Pesquisadores.

Vivências Presenciais
As vivências inaugurais acontecem de forma presencial de 9 a 11 de maio, na Fazenda da Serra, no município de Itatiaia – Rio de Janeiro. Toda formação é híbrida com duração de 6 meses.
Serão 12 encontros, seis presenciais e seis virtuais, com direito a Certificado de Extensão com carga horária de 144 horas, reconhecendo a formação como Agente Afroclimático, emitido em parceria com instituições de ensino superior e coletivos parceiros.
A intenção é contribuir para a formação de Jovens Mestres e Mestras, lideranças engajadas na defesa do meio ambiente e no fortalecimento das comunidades afrodescendentes, através do resgate e aplicação de saberes ancestrais em conjunto com conhecimentos científicos contemporâneos.
Produção da Agenda Climática dos Povos Afrodescendentes
As vivências presenciais são laboratórios vivos na consolidação do Plano Pedagógico da Escola Afroclimática, alicerçados pela visão afrocentrada.
Durante os encontros também serão articulados agendas climáticas, pautadas pelos saberes e práticas dos Povos Afrodescendentes do Brasil, sob o olhar da ODS 18 e COP 30, que acontece em novembro no Pará.
Um pouco dos Saberes serão transmitidos nas vivências:
Filosofia da Tradição Religiosa Afrodescendente
Paisagismo Integrado e Bioconstrução
Fitoterapia das Ervas Sagradas
Hortas de Super-resistência
Mutirões Ambientais em Nascentes
Patrimônio Cultural e Natural Afrodescendente
Cartografia e Geração de Indicadores
Reciclagem, Reaproveitamento e Geração de Renda
Cultura Digital e Comunicação em Redes
Cultura como 4º Pilar da Educação (Lei 10.639/03), entre outros tópicos pertinentes.
Campus EAMBY
Fazenda da Serra – Itatiaia (RJ)
Ilê Omiojuaro – Nova Iguaçu (RJ)
Yemanjaguás – Maricá (RJ)
Roça Abaetetuba – São Lourenço (SP)
Agência Solano Trindade – Campo Limpo (SP)
Sobre Mãe Beata de Yemanjá
Beatriz Moreira Costa, mais conhecida como a Ìyálorìṣa Mãe Beata de Yemanjá, nasceu em 20 de janeiro de 1931, na Bahia. Sua trajetória espiritual começou na infância com a influência de figuras importantes do candomblé e, em 1969, Mãe Beata mudou-se para o Rio de Janeiro, onde aprofundou seus laços com a tradição afro-brasileira.
Em 1980, fundou o terreiro Ilê Omi Ojuarô, na Baixada Fluminense, onde se destacou por suas ações sociais e seu papel na promoção dos direitos dos negros e na valorização das tradições afro-brasileiras. Mãe Beata também atuou em movimentos ambientais e sociais, sendo reconhecida por sua liderança e mobilização, se organizando através de uma Rede Afroambiental.
A trajetória da Iyalorixá Mãe Beata, trilhada por lutas contra o racismo, pela preservação ao meio ambiente e principalmente pela memória ancestral afro-brasileira. Em vida foi uma mulher capaz de liderar e transformar o mundo semeando amor e cuidado com pessoas.
Nestas quatro décadas, a falta de ações para superar a injustiça social e ambiental tem frustrado as expectativas e, como comunidades tradicionais de matriz africana, nos apresentamos para luta, assumindo essa responsabilidade.
São destas necessidades que nasce a Escola Afroclimática Mãe Beata de Yemanjá.
Hoje a Rede Afroambiental se articula e atua, através do seu filho, Mestre Aderbal Ashogun. Em vida, Mãe Beata sempre lutou para que os povos de terreiro assumissem estes compromissos, por meio do protagonismo e atitude, característica fundamental dos povos de matrizes africanas.
SERVIÇO – Escola Afroclimática Mãe Beata de Yemanjá (EAMBY) une sabedoria ancestral Afrodescendente e ciência contemporânea a favor da Justiça Climática, Educação, Cultura, Saúde
Início das Vivências: 9, 10 e 11 de Maio de 2025
E-mail: escolaafroclimatica@gmail.com
Instagram: instagram.com/redeafroambiental
Informações: (21) 98098-2815 – Mestre Aderbal Ashogun
Imprensa: (81) 99986-8997 – Sandro Barros